Tuna de Medicina do Porto

tunamed@gmail.comA história da nossa Tuna funde-se com a da nossa Faculdade, constituída há cerca de duzentos anos, pois desde sempre ao médicos e os estudantes de Medicina cultivaram diferentes tipos de artes onde se destaca, entre outras, a música. A materialização de um sonho já antigo, a constituição da Tuna de Medicina do Porto, ocorreu finalmente em 1991, respondendo a um anseio comum e às ambições particulares de cada um dos seus fundadores. Os nossos primeiros passos foram iguais aos de muitas outras tunas: tímidos e inseguros, mas rapidamente começamos a palmilhar um caminho só nosso!

Alicerçados nas convicções quase irredutíveis dos seus membros e, sobretudo, dos seus dois primeiros Magisters: Paulo Carvalho e Nuno Tavares, a Tuna cresce e afirma-se como uma das mais românticas e nostálgicas, ainda que rigorosa, divertida e disciplinada. Um estilo que começa a fazer escola! Em breve as fronteiras da nossa querida Cidade e do nosso amado País se tornam demasiado claustrofóbicas e castradoras, levando-nos a percorrer, frenética e constantemente, fronteira após fronteira. Ao sabor do vento, levados pela maré, escondidos pelo luar, espalhando a nossa música. É a única linguagem verdadeiramente universal!

Nenhuma Tuna, em Portugal, percorreu tantos Kms em tão pouco tempo. Senão vejamos: França, Alemanha e Luxemburgo (1993); França, Suíça, Alemanha e Luxemburgo (1994); Irlanda, EUA e Canadá (1995); Suíça, Holanda, Hong-Kong, Macau e China (1996); Alemanha, Índia, Hong-Kong, Macau e Tailândia (1997); Espanha, França, Itália, Áustria, Hungria, República Checa, Eslováquia, Alemanha, Liechtenstein e Suíça (1998); Espanha, Brasil, Paraguai e Argentina (1999); Espanha, França e Suiça (2000);…

O nosso reportório, inspirado nos vibrantes e saudosos anos trinta, quarenta e cinquenta, traduz a consciência musical colectiva de um grupo tão heterogéneo e multicultural de jovens estudantes de Medicina, como o que constitui a nossa tuna, com ideais e objectivos tão diversos como nobres. Tal é ainda mais visível nos nossos originais e nas nossas orquestrações.

Fruto das condicionantes próprias de uma Faculdade com pouco mais de oitocentos alunos (dos quais só 30% são do sexo masculino), a tarefa de angariar e recrutar caloiros para as nossas fileiras assume uma importância vital. Também o impacto da Tuna na nossa nobre instituição (e sobretudo nos restantes 70%) é decisivo, sobretudo quando pensamos que praticamente não há turmas que não possuam, pelo menos, um tuno ou um caloiro da nossa tuna…

Somos, também, peculiares na relação com o nosso curso. O estudante de Medicina é algo diferente dos restantes estudantes (o que também se verifica noutros cursos). Ele coloca mais rigor e paixão no seu estudo; ele lida directamente com o mais sagrado dos dons: a vida, carregando um peso de responsabilidade e dever, só por si transfigurante. O conhecimento extenso e pormenorizado da nossa ciência (algo que todos almejamos) não o envaidece, torna-o mais humilde. A Medicina só é fácil aos que dela pouco conhecem. Esses factos transpiram nas nossas actuações, sobretudo na nossa atitude e na nossa música.

Mas as tunas não se reduzem a um animado grupo musical. O termo “académicas”, sendo um termo minimalista, esconde um mundo de sensações e experiências e uma maneira muito peculiar de estar. O auge desta condição são as serenatas. Noites mágicas onde o espiritual se funde com o profano em orgias musicais e etílicas. Só aí se pode observar in vivo a alma da Tuna, brilhando fervorosamente nas pupilas de cada um. A dez metros de distância, sob a lua feiticeira (de mão dada com Baco), qualquer donzela nos incendeia, qualquer mulher é uma sereia, a idade é um encanto; qualquer ruga perfeita, a maquilhagem sempre supérflua e o amor… eterno!

Alturas de excelência para o contacto com outras tunas, os Festivais que proliferam um pouco por todo o País, são verdadeiros pontos de encontro. Que melhor altura para conhecer novas culturas e visitar velhos amigos! O fruto de muitos anos de frequência destes festivais é a amizade une a nossa a muitas outras tunas, sendo comum tocarmos, juntos, músicas uns dos outros.

Não podendo congelar minutos ou engarrafar sentimentos, a obtenção de registos fonográficos das nossas músicas é a tentativa de imortalizar uma parte, muito rica, da nossa existência; de sublimar e esconder a fragilidade e volatilidade da nossa vida. E claro, de tentar angariar mais alguns fundos. Nesse sentido a Tuna concretizou em 2007 a gravação da mais recente gravação musical, por nós muito querida: “Tempo fugaz”.

A Tuna, em conclusão, é, fundamentalmente, o reflexo geral e o espelho da personalidade de cada um. Ambiciosa, humilde, exigente, boémia, experiente, multifacetada, não respeitadora de barreiras geográficas ou culturais; somos, sobretudo, a música que interpretamos, a vida que escolhemos e a reacção que provocamos no público, quando tocamos.

A Tuna, esta é a Tuna!

 

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